Pesquisa de curso se transforma em livro para ajudar os pais
26 de setembro de 2018A Arquitetura da Personalidade
23 de novembro de 2018Ela está deitada em pose sensual fazendo beicinho com os lábios pintados de batom vermelho. O problema é que a modelo tem apenas seis anos de idade e a propaganda está acessível nas redes sociais e nas principais mídias do país. Não é de hoje que crianças e adolescentes aparecem na mídia de forma erotizada ou são submetidas a conteúdos adultos. Frequentemente empresas e marcas são intimadas a responderem por abuso, mas, isso não é tudo, é preciso combater a prática e prevenir contra todo tipo de abuso sexual infantil.
A questão sobre a erotização na mídia é abordada com propriedade pela nossa ex-aluna, especialista em sexualidade humana e terapeuta de casal e família com pós-graduação pelo Instituto da Família – FTSA, Dra. Angela Beatriz Villwock Bächtold. No artigo “Família: agente protetor diante da erotização infanto-juvenil promovida pela mídia”, a especialista lembra que “a mídia tem sido apontada como grande promotora da erotização infanto-juvenil, todavia, tal influência não seria tão importante se os pais tivessem uma atitude crítica e vigilante sobre o seu uso por parte dos filhos” e sugere medidas parentais que podem proteger os filhos dos conteúdos e dos efeitos da sexualização precoce.
O artigo de Angela, representando o Instituto da Família, faz parte do livro “Combate à erotização e ao abuso sexual infantil: novas propostas”, Editora CRV, que traz também textos de outros especialistas sobre o assunto. O compilado é fruto de um projeto desenvolvido no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e revela resultados do trabalho de formação e coordenação de vários grupos de estudos com pais e professores de escolas públicas e filantrópicas de Londrina e região. O coordenador é o professor Juarez Gomes, também pós-graduado do Instituto e organizador do livro lançado recentemente.
O coordenador explica a participação oportuna do Instituto da Família – FTSA no livro, que vai além de sua história pessoal como aluno. “O Instituto da Família, mesmo antes de ser integrado à FTSA, possui um histórico de defesa da saúde e funcionalidade das famílias, sempre dando o devido lugar de prioridade à menores de idade nesse processo. Como ex-aluno do curso de Especialização: Formação em Terapia de Casal e Família (turma 2007), tenho conhecido por meio do Instituto da Família vários profissionais que, a despeito de suas concepções teóricas, entendem que crianças e adolescentes precisam ser protegidos de todo tipo de abuso sexual, inclusive da erotização precoce, que é um tipo de abuso sexual e talvez o pior deles”, conclui.
De acordo com os editores, o livro apresenta propostas inovadoras e eficazes para o combate à erotização e ao abuso sexual de crianças e adolescentes. Problematiza essas práticas com a urgência e a gravidade que lhe são pertinentes. Os autores, pesquisadores de diferentes áreas ligadas à educação, defendem que não há um limite seguro, aceitável ou saudável para experiências sexuais com ou entre crianças e adolescentes. Esses profissionais mostram que conteúdos da sexualidade adulta não deveriam fazer parte do universo infanto-juvenil, ainda que apresentados como “brincadeiras”.
O livro terá destaque especial na Noite de Lançamentos promovida pelo Instituto da Família – FTSA no dia 9 de novembro de 2018, mas, já pode ser adquirido pelo site oficial da editora>>
1 Comment
Eu recomendo esses livros..onde tem para vender??? Na livraria Book Room